segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Memórias de um passado não distante.

E a vida é assim... As vezes queria parar o tempo, pra guardar o seu sorriso por uns segundos mais. Queria guardar sua risada que contagiava e sempre me fazia rir também. E também todas as vezes que nos perdíamos em nossas loucuras e conversas sem sentido. Queria guardar a leveza que ficava no ar e o meu sorriso que durava horas. Queria guardar tudo em meu coração e relembrar sempre. Queria imaginar nós juntos no presente, porque só o presente importa. Mas você quis que eu esquecesse. A vida é assim.

domingo, 6 de novembro de 2016

Entre o tédio e um sorriso

Letras voam entre o ar que nos separa, E acho engraçado como tudo parece poesia. Um sorriso, seu cabelo, meu cabelo, sempre atrasados, sempre com sono. E por tão pouco que deixo a chatice e a preguiça por um sorriso. É segredo, mas às vezes finjo que te ouço mas não escuto nada... É difícil prestar atenção quando na verdade só vejo seus lábios. Fico imaginando como é seu beijo e me perco e vou lá pra longe. Será que posso te dar carona pra lá? A gente pode ficar por ali e esquecer do mundo. Lá longe tem um lugar que a gente pode ficar pertinho vendo qualquer coisa. Lá longe também tem um lugar pra eu cozinhar pra você e sonhos de sobremesa! Tem um monte de coisas mas o que há de melhor é você.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Vejo um homem conversando com as luzes,
na rua ainda estão caladas sem responder,
piscam sem saber que fazem companhia,
na noite fria, enlouquecer.
Tão profundo e parece tão vazio,
perdido em contos antigos,
há uma história para lhes dizer...
Desferia palavras ao vento,
voando como folhas que caem,
tão natural e sincero,
apenas sentimento!
E foi a morte infalível,
que o fez se perder em mil,
caminhos diferentes sem saber,
para onde ir ou onde morrer.
Continua caminhando entre as luzes,
às vezes sorrindo, sem saber porque,
continuo falando com as luzes,
até esquecer.
Ás vezes acho que esqueço de sentir,
algumas coisas simplesmente sumiram,
e acho que parece tão normal...
Quero chorar, quero rir, viver.
O céu azul ainda é cinza,
e não estou tão velho assim.
Não estou fugindo,
nem indo,
nem vindo.
Apenas estou aqui.
Esperando alguém me salvar.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Lá vou eu de novo com minhas erradas palavras,
meus versos sem rima, sem piada.
Não é poesia para ler e reler,
é apenas sentir e tentar escrever.
São dores, agonias, entre letras e sorrisos,
lágrimas que se misturam à chuva,
na pura cadência de um amigo,
que hoje não mais respira, eternamente vive.
Poucos foram os anos em que te roubei,
no começo, meio sem graça, aos poucos mudei.
Descobri a alegria de estar com alguém,
sem desdém, apenas sorri,
quando chamou-me de filho pela primeira vez,
de mim as palavras sumiram, sorri talvez.
Perplexo fiquei calado comigo,
o respeito de um sogro que se tornou amigo.
Nem posso dizer quanta falta no mundo vai fazer,
seria burrice mensurar e medir,
seria burrice tentar fazer alguém entender.
As palavras aos poucos se esvaem de mim,
como o ar que respirava em ricas gorfadas,
aqui dentro sei que nem tudo acaba,
como a vida que tú com os dois braços agarrava,
eu sei meu amigo, eu sei,
isto é só o começo, não é o fim.
Foram os últimos dias de verão,
e a brisa soprou você para longe,
ainda sinto seu perfume...
mas sua mão não consigo mais alcançar.
Ainda posso ver seu sorriso,
em meio à sua barba branca,
que sempre me pareceu tão bem,
tão bem meu amigo.
Mesmo que as noites e os dias passassem,
o tempo não era nada quando te via,
e sabia que o medo não mais havia.
Era apenas sentar e rir,
contar coisas sobre a vida,
sem precisar, ou mesmo querer fugir.
E como posso admitir que agora,
de tanta coisa que me ensinou,
descumpro! Queria apenas fugir de mim...
Por favor, não vá embora!
Entristece-me saber que adeus não disse,
e as palavras somem quando em vão tento explicar,
que tanto não pude te dizer,
enfim, vou sentir falta de você.

terça-feira, 26 de abril de 2011

#divagações

Tenho tantas coisas para fazer mas ultimamente não tenho coragem para me mover às vezes. Faz já um tempo que eu deveria ter postado, agora quase não tem sentido, "você" se foi e agora existe aqui e ali só. Como se fosse só existir em tantos lugares ou poucos, mas importantes.
Se foi, mas nunca deixou de existir.
E estes poemas (que sempre respeitou com seu carinho) são apenas para você.

off
talvez muitos não entendam, mas acho que não precisam entender, apenas leiam.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Dead.
Everything's gone...
Lost in the treasures of the world,
a quiet desert,
no walls will hear my scream,
and the blood that spill from my ears,
is the heart that blows out in the shell,
broken, beaten and lost in disguise.
Hurts... It really hurts to think,
the damned and the savior.
Angel with scarred wings,
no feather left to float,
through the rivers of the night,
where my mind and life belongs,
and the silence sleeps tonight.

sábado, 12 de maio de 2007

Frio e Sangue

Como um animal qualquer,
sem berço, sem esperança,
nascido em meio ao fogo e a destruição,
filho bastardo de um humano sem alma,
um ser supremo com berço ao caos.

Soberano em toda eternidade,
fruto de uma união indesejada,
derrama gotas vermelhas por teus lábios,
teus olhos não mais brilham com o sol,
e na escuridão é que encontra-se confortável.

Como pôde apenas,
destruir teus inimigos,
devorá-los como pequenos ratos indefesos,
vociferando nada em seu olhar,
um completo vazio no seu simples calar.

Com suas cicatrizes,
suas feridas e lembranças tristes,
destroçando vidas e clamando por vingança,
por perder aquilo que nunca teve enfim,
o carinho, o amor, que viu quando criança.

Nascido em berço de espinhos,
a dor, sua única companheira.
Fome e frio. Solidão e inveja. A dor de existir...
Vendo tantos sorrirem em seus casacos quentes,
sem sequer notarem seu pé que sangra vida.

Abandonado na rua,
migalhas que não lhe sobram,
os cães perdidos lhe fazem companhia no frio,
atraídos pelo odor de sangue que perfuma o ar,
de cada pedaço de seu corpo que morre enfim.

Seu corpo jaz num leito sem nome,
permanece deitado como todos os dias,
mas hoje permanece deitado imóvel...
Esquecido por todos e por quase nenhum,
um senhor com barba muito branca,
parece-lhe dizer um adeus.

Lágrimas percorrem seu rosto esguio,
e é evidente a semelhança...
Um velho grisalho de bengala,
chora e baixinho...
pode-se ouvir as palavras que profere...
Meu filho...
Morto...
Como o vazio agora em mim.

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